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Estudo realizado na EACH estima os gastos que o país tem com o tratamento da demência
Postado em 16 de março de 2018
Estudo realizado com a participação da professora Flávia Mori Sarti, do curso de Gestão de Políticas Públicas da EACH, identificou os altos custos diretos e indiretos associados ao tratamento da demência no Brasil. O estudo foi realizado a partir de uma amostra de 156 pacientes idosos e seus cuidadores no contexto de um hospital especializado do sistema de saúde brasileiro.
Os custos diretos e indiretos com demência foram estimados a partir das informações obtidas em entrevistas pessoais, referentes a uso de assistência de saúde, medicamentos e outros recursos necessários para o tratamento da demência e o cuidado com o paciente. Foi incluído nesta análise o tempo dedicado pelos cuidadores e os familiares dos pacientes. Um modelo de regressão foi estimado para que se pudesse identificar os principais determinantes dos custos associados à demência.
A pesquisa estimou diversos valores que são gastos com um paciente que possui demência, dependendo do estágio da doença. Por exemplo, em uma pessoa com demência em estágio leve, o custo chega a R$4.028,75 por mês. O valor aumenta para o estágio moderado: R$6.698,38. Em um estágio já avançado da doença, o custo global é de R$5.461,21 por paciente.
Estes dados contemplam o uso de medicamentos, níveis da severidade da doença e também o grau educacional do cuidador do paciente.
A pesquisa traz uma contribuição no estabelecimento de custos diretos e indiretos da demência no Brasil, sendo que os resultados indicam impactos econômicos significativos da doença, representando um custo anual de aproximadamente R$65.855,39 por paciente no país.
Com um maior investimento na saúde básica, mais profissionais preparados para lidar com a demência em seus estágios iniciais, além de uma maior conscientização da população em identificar sinais da doença em seus familiares, os custos para se tratar a doença em seus estágios mais avançados poderiam ser menores.
Confira na íntegra o artigo publicado na revista Plos One.