É possível fazer turismo sem sair da nossa cidade?

Postado em 03 de agosto de 2020

Quando pensamos em fazer turismo, é normal imaginarmos paisagens distantes e longos deslocamentos para cidades remotas. No entanto, nem sempre é necessário fazer as malas para “turistar”. Pensando nisso, um projeto de extensão criado na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP nasceu para ampliar os horizontes de moradores de São Paulo, incentivando especificamente o público da terceira idade a fazer passeios turísticos na própria capital paulista.

Para apresentar a iniciativa, o Momento Cidade do Jornal da USP entrevista Marcelo Vilela, professor do curso de Lazer e Turismo na EACH e coordenador da oficina de turismo social Viver São PauloAlém dele, as estudantes de graduação Thayna Ferraz e Thamiris Santana, ambas monitoras do projeto, dão depoimentos sobre a importância da oficina para todos os envolvidos.

Ouça a entrevista:

Criado em 2009, o projeto conduz o público da terceira idade para diferentes locais da cidade que vão desde museus e parques até lugares inusitados, como as áreas internas do Metrô de São Paulo. De acordo com organizadores, a proposta é “desenvolver um olhar diferenciado sobre a fruição turística, que leve em consideração questões como a importância da experiência, da sustentabilidade, da interação com o ambiente urbano”.

Contudo, o professor Vilela reforça que um dos objetivos do projeto envolve também os próprios locais visitados, para que considerem as dificuldades enfrentadas pelo público da terceira idade. “As dificuldades que as pessoas têm para conhecer os espaços que a cidade oferece, particularmente as pessoas da terceira idade, passam por vários aspectos, por exemplo, pelo aspecto econômico, já que muitos desses espaços cobram ingressos para a visitação. Mas passam também por outras questões, como a acessibilidade, que podem ser mais ou menos complicadas para pessoas com mobilidade reduzida”, destaca ele.

Para a monitora Thamiris, é preciso desconstruir a ideia de que é necessário fazer grandes deslocamentos para desfrutar do lazer e do turismo. “Além disso, é muito importante também, dentro da oficina, propiciar a sociabilização dos participantes, o convívio intergeracional e a troca de informações e experiências entre eles a respeito dos conteúdos visitados”, finaliza.

A página oficial do projeto pode ser acessada neste link. Saiba mais nesta matéria em vídeo do Canal USP.

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*Com informações do Jornal da USP