EACH terá representantes para articular a Agenda 2030 da ONU em São Paulo e no G20

Postado em 12 de agosto de 2020

Dois estudantes e um egresso do curso de Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP) foram eleitos recentemente para fóruns de colaboração com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

No início de agosto, Beatriz Mendes Chaves e o egresso Felipe Antonio Honorato foram eleitos para o Youth 20 (Y20), grupo oficial de compromisso da juventude do G20. No mesmo mês, Ergon Cugler de Moraes Silva foi eleito para a representação da sociedade civil na Comissão da Agenda 2030 da ONU em São Paulo, tendo como tarefa inicial a elaboração do Plano 2030 para São Paulo a ser decretado e implementado em seguida.

Youth 20

O Y20 (Youth 20) é o grupo oficial de compromisso da juventude do G20 e oferece a oportunidade de discutir questões globais e propor soluções a líderes mundiais. Realizado a cada 4 anos, o Y20 sempre conta com um processo seletivo para a escolha dos membros da delegação brasileira. Nesta edição, estarão entre os representantes do país Beatriz e Felipe. Serão discutidas questões como futuro do trabalho, capacitação de jovens lideranças, multiculturalismo e desenvolvimento sustentável. Os resultados da reunião serão expostos aos líderes do G20, que levarão em conta as perspectivas apresentadas durante as discussões.

Segundo Beatriz Chaves, “o mais interessante, além dos módulos de capacitação em políticas públicas voltadas às externalidades da pandemia, é que as propostas discutidas serão unificadas em um documento a ser entregue em reunião oficial aos líderes do G20”. Ela ainda reforça que sua participação no evento “é algo desafiador e me sinto honrada pela oportunidade de dar voz a questões urgentes que continuam sendo invisibilizadas, como o racismo, a LGBTQI+fobia e o genocídio indígena. Acabo de concluir o bacharelado em Gestão de Políticas Públicas na EACH/USP e acredito que nesta trajetória pude adquirir competências interdisciplinares que me ajudarão a dar conta do recado”.

Da esq. para a dir.: Beatriz Mendes, Felipe Honorato e Ergon Cugler. Foto: Divulgação

Já Felipe Honorato destaca que “fazer parte da delegação brasileira será uma grande responsabilidade, porque, além de representarmos a maioria dos jovens sul-americanos, a declaração final que resultará da reunião será entregue aos líderes do G20 e, por isso, tem de ser elaborada de maneira cuidadosa, para que reflita, da forma mais fiel possível, as demandas e anseios da juventude global”. Felipe lembra ainda que apesar de o Y20 não ter caráter deliberativo, “o documento elaborado pelas delegações dos diversos países pode servir como base ou inspiração para a elaboração de normativas internacionais e de políticas públicas a nível local e nacional”.

Agenda 2030 em São Paulo

Organizada a partir da Lei 16.817/2018, que adota a Agenda 2030 como diretriz de políticas públicas em São Paulo, a comissão com caráter deliberativo tem sua primeira gestão (2020-2022) com 16 entidades e representantes eleitos via sociedade civil. Junto às entidades eleitas para o biênio, Ergon pretende articular o movimento educacional com a Comissão por meio dos trabalhos da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) e da rede de estudantes e pesquisadores em São Paulo. Ainda, a comissão poderá servir para colaborar com o debate em outros UFs e municípios, mobilizando a sociedade civil no debate dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Para Ergon Cugler, que também é pesquisador do Observatório Interdisciplinar de Políticas Públicas, o desafio está em articular os instrumentos de planejamento da gestão pública com os trabalhos que serão desenvolvidos pela comissão. “Nosso objetivo é traçar o Plano 2030 para São Paulo ainda em 2020 e envolver a população no debate”, afirma ele. “Uma vez com o plano decretado, ainda será necessário articular com os Planos Plurianuais (PPAs), Leis Orçamentárias Anuais (LOAs), Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs), Programa de Metas e outros, sendo este o primeiro passo dentre muitos para que os ODS saiam do papel e se transformem em políticas públicas.”

Inserção

Além de Beatriz, Felipe e Ergon, alguns egressos do curso de Gestão de Políticas Públicas têm atuado em diversas frentes para que se alcancem os Objetivos da Agenda 2030. Um exemplo é o vinhedense Luiz Henrique Vieira da Silva, que atualmente cursa mestrado em Sustentabilidade e é pesquisador dos ODS, tendo realizado diversas colaborações sobre o tema.

 

Mais informações:

Cúpula do Youth 20 (Y20) e do Diplomacia Civil (Instituto Global Attitude)

Comissão da Agenda 2030 de São Paulo pelos ODS da ONU

Áreas de atuação do curso de Gestão de Políticas Públicas

 

 

*Com informações de Beatriz Mendes, Felipe Honorato e Ergon Cugler.