Estudantes de Gestão Ambiental realizam oficinas sobre adaptação às mudanças climáticas em comunidades tradicionais costeiras

Postado em 28 de março de 2022

As mudanças climáticas têm causado um enorme impacto na sociedade, sobretudo naquelas regiões mais populosas, normalmente localizadas nas regiões litorâneas. É esperado que as zonas costeiras sejam as localidades mais afetadas pelos riscos socioambientais nos próximos anos. Em resposta, cientistas têm buscado se envolver cada vez mais ativamente em projetos para encontrar alternativas que possam mitigar as consequências dos impactos das mudanças do clima sobre essas comunidades.

Nesse contexto, estudantes do Bacharelado em Gestão Ambiental, em parceria com o Instituto Ayni, uma ONG com foco na Conservação Ambiental e Desenvolvimento Social, estão desenvolvendo um projeto designado “ciência cidadã para comunidades tradicionais costeiras na adaptação às mudanças climáticas: construindo uma rede brasileira de observação” e coordenado pelo pesquisador Prof. Dr. Allan Yu Iwama de Mello.

O projeto busca identificar e mapear experiências das comunidades tradicionais e locais na zona costeira brasileira, ajudar no fortalecimento de ações que já estão em andamento nesses locais e criar sinergia para novas iniciativas. Para tanto, participam desta iniciativa as seguintes organizações: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Universidade de Plymouth, Universidade Federal do Amazonas, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal de Pará, Universidade Federal de Sergipe e Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Em atividades recentes do projeto, a equipe de estudantes do curso de Gestão Ambiental Helena Fernandes Alegra, João Emílio Campagnolli Lima, Lucas Brazilio e Rafael Pereira atuaram como facilitadores em oficinas em duas comunidades, uma localizada no litoral sul do Rio de Janeiro, em Paraty Mirim no Quilombo do Campinho da Independência e outra na praia do perequê-açu, em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo.

O objetivo das oficinas foi formar capacidades locais e permitir que as lideranças se apropriassem das ferramentas de mapeamento e coleta de observações. Foram entregues kits mapeadores, contendo um GPS, gravador de voz, caderno, caneta para registrar as observações, e os roteiros para realização de entrevistas. Além disso, as observações foram registradas por meio do aplicativo Survey123 – uma ferramenta que permite criar formulários e realizar a coleta, análise e transferência de dados de modo colaborativo.

Na EACH, sob orientação do professor Sidnei Raimundo, as atividades do projeto serão divulgadas em um curso de extensão sobre tecnologias digitais, ciência aberta e abordagens participativas, a ser realizado em Julho de 2022.


* As saídas de campo e demais atividades do projeto seguem as orientações do Comitê Permanente USP COVID-19 para condução de pesquisas durante a pandemia 

*Com informações da equipe de estudantes mencionada no texto