Nota técnica mostra falta de coordenação federal e baixo investimento estadual na pandemia

Postado em 29 de julho de 2021

A pandemia do coronavírus chegou ao Brasil ainda no primeiro trimestre de 2020. A partir de então, foram várias as áreas abaladas por ela. Na educação, o Ensino a Distância (EAD) teve de se expandir para um número consideravelmente maior de estudantes. Porém, viu-se que a falta de coordenação do Ministério da Educação, para melhor direcionar o ensino remoto, e da Economia, para garantir o socorro fiscal às populações mais vulneráveis, reforçou desigualdades regionais no Brasil. É o que aponta a Nota Técnica da Rede de Pesquisa Solidária, que avalia o desempenho dos governos na pandemia.

Durante a pandemia, o Ministério da Economia foi responsável por repassar recursos a Estados e municípios. Porém, segundo apontam especialistas, não houve critérios de focar nos Estados que mais necessitavam dos recursos para atuar na pandemia, seja na saúde ou na educação. “Perdemos a oportunidade de fazer uma equalização em função de desigualdades de capacidade para enfrentar a pandemia”, aponta a professora Ursula Peres, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e integrante da Rede de Pesquisa Solidária, durante entrevista para a Rádio USP.

Quanto à área da educação, já é possível afirmar que ela também não escapou dos males da desordem protagonizada pelo governo durante a pandemia. Sem um plano de ensino a distância, o Ministério da Educação forçou com que Estados e municípios tomassem as rédeas do processo. “Os planos foram mal estruturados e obtiveram pouco sucesso em garantir o ensino aos alunos durante o período de fechamento das escolas”, aponta Pedro Schmalz, também integrante da Rede de Pesquisa Solidária.

Ouça a entrevista completa:

 

 

*Da Rádio USP