Estratégias construídas por mulheres negras no Brasil e no Canadá

Estratégias construídas por mulheres negras no Brasil e no Canadá: educando para o enfrentamento da discriminação por gênero e raça

O projeto é uma parceria de pesquisa entre a Universidade de São Paulo  Brasil  e a University of Toronto Canadá. O objetivo deste projeto conjunto é documentar o impacto do racismo nas mulheres negras. A pesquisa- joint-venture USP-UT a ser realizadas pelos estudantes selecionados para o edital Abdias do Nascimento, supervisionados pelas coordenadoras do projeto, terá como foco investigar e analisar os depoimentos de mulheres brasileiras e canadenses, particularmente, mulheres cujos nomes constam em nosso banco de dados como vítimas e autoras de queixas-crimes em processos e inquéritos com conteúdo raciais ocorridos em São Paulo - Capital, entre 2003 e 2011. Nossa observação inicial dos documentos é a de que a maioria dos insultos que resultaram em processos judiciais sobrepunham uma dupla discriminação: raça e gênero. Queremos saber como e se essas mulheres negras construíram ou desejariam construir estratégias de enfrentamento de experiências de discriminação racial. Nossa questão principal é: Quais seriam essas estratégias?  A pesquisa vai empregar estratégias antirracistas e teorias feministas e investigar se existem situações semelhantes vividas por mulheres no Canadá. Os objetivos principais desta pesquisa são: saber se as mulheres negras possuem estratégias de enfrentamento de experiências que as capacitem para lidar com a discriminação racial; documentar e descrever quais estratégias indicam para esse propósito; verificar se há coincidência entre as estratégias mencionadas no Brasil e as desenvolvidas no Canadá; promover o estudo e a divulgação das teorias pós-coloniais, do feminismo negro e dos estudos de gênero e da educação antirracismo. Para discutir as questões norteadoras da pesquisa e atingir a esses objetivos propomos a seguinte metodologia: (1) revisão da literatura relevante sobre nosso tema e disponibilizar as análises existentes, (2) realizar pesquisa empírica qualitativa por meio de entrevistas abertas, em profundidade, com mulheres discriminadas identificadas em nosso banco de dados, (3) realizar pesquisa exploratória no Canadá. 

Financiamento: MEC-SECADI/CAPES