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EACH/USP é representada no Segundo Encontro Continental em Estudos Afrolatinoamericanos, realizado em Harvard
Postado em 22 de dezembro de 2022

A EACH/USP foi muito bem representada no Segundo Encontro Continental em Estudos Afrolatinoamericanos, que aconteceu na universidade norte-americana de Harvard, no início do mês de dezembro.
Três trabalhos de alunas do Programa de Pós-Graduação em Mudança Social e Participação Política da EACH foram apresentados no Encontro:
“Justiça climática no Sul Global: racismo ambiental no Brasil” – Autoras: Ana Sanches (EACH/USP) e Izabela dos Santos (PROCAM/USP).
“Teatro experimental do negro e a negritude: um estudo da construção de um discurso político emancipatório” – Autora: Eliane Almeida (EACH/USP).
“Escrever-se a si, escrever-se às outras: escrevivêcia como ato político em Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo” – Autora: Maria Carolina Digiampietri (EACH/USP).
A pesquisadora egressa do Programa de Pós-Graduação em Turismo da EACH, Denise Rodrigues, também apresentou o seu trabalho no encontro: “Racismo, memória e turismo: as narrativas reivindicadas da São Paulo Negra (Brasil)”.
O Segundo Encontro Continental em Estudos Afrolatinoamericanos teve a proposta de promover o campo acadêmico dos estudos afro-latino-americanos, fomentando um diálogo necessário entre atores envolvidos na produção e implementação de agendas de justiça acadêmica e racial na América Latina.
Trabalhos apresentados
Confira os breves resumos dos trabalhos apresentados no encontro:
Justiça climática no Sul Global: racismo ambiental no Brasil – Ana Sanches, doutoranda no programa de Mudança Social e Participação Política na EACH/USP. Izabela dos Santos, Pesquisadora em Ciência Ambiental pelo Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (PROCAM/USP)
RESUMO: A pesquisa apresenta dados e discussões para compreender as elaborações sobre meio ambiente e raça no contexto acadêmico e de movimento socioambiental no Brasil, e assim, demonstrar quais os efeitos e impactos das mudanças climáticas na população periférica negra nas cidades e das implicações do racismo ambiental no âmbito das discussões locais, nacionais e internacionais a partir do Brasil.
Teatro experimental do negro e a negritude: um estudo da construção de um discurso político emancipatório – Eliane Almeida, Doutoranda no programa de Mudança Social e Participação Política na EACH/USP.
RESUMO: A pesquisa busca entender a trajetória intelectual de Abdias do Nascimento, seu contato com o pensamento negro elaborado por caribenhos e africanos em Paris nas décadas de 1920 e 1930 e como esse pensamento foi absorvido na elaboração de um discurso antirracista dentro das ações do TEN.
Escrever-se a si, escrever-se às outras: escrevivêcia como ato político em Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo – Maria Carolina Casati Digiampietri. Doutoranda no programa de Mudança Social e Participação Política na EACH/USP.
RESUMO: Termo cunhado por Conceição Evaristo, fala da escrita de mulheres negras (em particular) na qual as experiências pessoais – por serem acenstrais, interseccionais e diaspóricas-, reverberam as experiências de todo o grupo. Poder falar escrever e construir através da narrativa torna-se, então, algo político, pois, dessa forma, reivindicamos nossa humanidade, legitimamos nossa existência (que foi negada e continua sendo cada vez que somos silenciadas e/ou narradas pela ‘branquitude’). O objetivo deste trabalho é, além de explicar escrevivência, analisar as especificidades desse conceito em relação à escrita de si, autobiografia e autoficção por meio da análise de três obras fundamentais para a literatura negro brasileira: Úrsula (Maria Firmina dos Reis), Quarto de Despejo (Carolina Maria de Jesus) e Olhos D’água (Conceição Evaristo).
Racismo, memória e turismo: as narrativas reivindicadas da São Paulo Negra (Brasil) – Denise Rodrigues, mestra em Turismo pelo Programa de Pós-Graduação em Turismo da EACH/USP e doutoranda em Sociologia (FFLCH/USP).
RESUMO: Baseada em sua dissertação de mestrado defendida na EACH (2021). A pesquisa identificou que as áreas centrais sofreram com um processo de apagamento da contribuição negra no desenvolvimento da capital paulista e que as histórias e personalidades negras seguem negligenciadas pelo poder público, na memória da cidade e recai sobre as práticas oficiais de turismo. Em contrapartida, atualmente, cresce o afroturismo, prática turística que busca visibilizar, resgatar, preservar e reconectar as histórias da sociedade brasileira por meio da perspectiva e protagonismo da população negra. A pesquisadora segue estudando o tema em seu doutorado no PPGSociologia USP.