Obstetrizes falam da experiência de trabalhar na organização Médicos Sem Fronteiras

Postado em 03 de março de 2017

Thalita Vital e Raphael Cruz, formados no curso de Obstetrícia da EACH/USP, passaram seis meses atuando em projetos da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por severas crises humanitárias. O trabalho dos obstetrizes vai desde visitas a gestantes em meio a contextos extremamente remotos e de difícil acesso para fazer consultas de pré-natal ao treinamento de parteiras em maternidades movimentadas de grandes hospitais.

Os egressos da EACH participaram de uma entrevista, no dia 16 de fevereiro, transmitida ao vivo pelo Facebook da organização e falaram sobre os desafios do trabalho, como se dá o contato com outras culturas, aprendizados e fatos que marcaram suas experiências na MSF.

Formada em 2013, Thalita trabalhou em um hospital no Afeganistão. Antes disso, ela já atuou como obstetriz na Casa Ângela, Home Birth, Maternidade Estadual de Caieiras e Casa da Borboleta.

Já Raphael trabalhou em uma clínica montada em um campo de refugiados no Sudão do Sul. Também formado em 2013, ele já atuou no Tia Cegonha, Casa da Borboleta e Hospital e Maternidade Zoraide Eva das Dores. Hoje, trabalha no Hospital Ipiranga e é professor assistente do curso de Obstetrícia da EACH.

O trabalho do profissional de Obstetrícia é fundamental nesses lugares, já que, segundo dados de 2015 da Organização Mundial de Saúde (OMS), a mortalidade materna atinge altos índices. No Afeganistão, por exemplo, há 396 mortes a cada 100 mil nascimentos. No Sudão do Sul a situação é ainda pior: 789 mortes a cada 100 mil nascimentos.

Assista à entrevista completa dos obstetrizes da EACH:

 

Conheça o Facebook da organização Médicos Sem Fronteiras