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Pesquisa da EACH comprova benefícios do Pilates para pessoas idosas
Postado em 11 de maio de 2018
Estudo desenvolvido no mestrado em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP) indica que a prática do Mat Pilates, versão da técnica que realiza os movimentos apenas no chão, melhora o equilíbrio dinâmico, a força, a flexibilidade e a função cardiovascular de pessoas idosas.
A pesquisa é da aluna Roberta Bueno de Souza, fisioterapeuta especialista em Pilates, que atua com a técnica há 12 anos. Com a orientação da professora Ruth Caldeira de Melo, o trabalho consiste em uma revisão sistemática com metanálise e já foi divulgado pelo National Institute for Health Research (NIHR), instituto britânico de pesquisa em saúde e um dos maiores centros de pesquisa da Europa.
A revisão recuperou 518 artigos e agrupou os resultados obtidos com 415 idosos estudados em diferentes países ao redor do mundo como, por exemplo, Brasil, Israel, Turquia e África do Sul. As pessoas acima dos 60 anos que participaram dos estudos não possuíam nenhum problema de saúde e praticavam Mat Pilates duas vezes por semana, em sessões de 50 a 60 minutos de duração.
“Partindo do pressuposto de que a pessoa tenha boas condições de saúde para a realização dos exercícios de Pilates, essa atividade física é ótima para quem já atingiu a terceira idade”, indica Roberta Bueno. Ela explica que os primeiros efeitos positivos do Pilates são sentidos “na melhora da força, no fortalecimento dos membros inferiores. Logo em seguida, nota-se melhora no equilíbrio dinâmico e na flexibilidade. E por fim, há a evolução da função cardiovascular”.
De acordo com a professora Ruth de Melo, “apesar de ser um método antigo, o Pilates está vindo agora para a ciência. Ele sempre ficou em um ambiente muito mais prático e somente agora é que há um olhar mais científico para essa atividade”. Ela destaca que os idosos procuram o Pilates como uma atividade física para melhorar a qualidade de vida e para aliviar as dores no corpo.
Avaliar o Pilates a partir do olhar do gerontólogo, a partir do olhar do envelhecimento muda a forma com que os alunos da terceira idade são tratados e estimulados durante a atividade física, segundo a mestranda Roberta. “Temos uma visão muito mais complexa e abrangente da pessoa idosa e dos efeitos do Pilates em sua saúde.”
Buscando aperfeiçoar e aprofundar cada vez mais sua pesquisa, a aluna fará, na segunda parte do trabalho, um estudo transversal com a população idosa da EACH e população jovem, os estudantes da Escola. Usando a modalidade de Pilates com equipamentos, o objetivo será analisar como cada corpo reage com a atividade física e se a idade pode mudar os resultados da pesquisa.