EACH realiza a terceira edição do “EACH Diversidade”
Postado em 21 de novembro de 2019
Aconteceu entre os dias 12 e 13 de novembro a 3ª edição do “EACH Diversidade”, um evento pedagógico proposto pela Coordenação do Ciclo Básico da EACH/USP para discutir diferentes formas de aprender e ensinar.
A diretora da Escola, professora Mônica Yassuda, abriu o evento dando as boas-vindas e desejando sucesso em todas as atividades desta edição do evento, que deu consequência ao título escolhido – “Diversidade” – considerando que o termo adquiriu uma conotação de luta de minorias de classe, étnico-raciais e de gênero.
No início do evento houve uma mesa redonda debatendo as metodologias ativas no ensino superior com a professora Maria Elena Malachias, da EACH, e com o professor Bayardo Torres, do Instituto de Química da USP. A professora Maria Elena falou da importância das metodologias ativas e da educação como prática da liberdade e colocou que a criticidade é condição para a autonomia.
O professor Bayardo falou sobre como tem aplicado metodologias ativas em suas disciplinas de graduação, tendo como princípio que a identificação de problemas é essencial para estabelecimento de significados para o aprendizado.
Em seguida aconteceram as apresentações dos trabalhos de Resolução de Problemas de estudantes de primeiro ano dos cursos de graduação da Escola. “Ver a dedicação e empenho de estudantes no desenvolvimento de seus projetos foi motivador”, afirmou a professora do curso de Educação Física e Saúde da EACH, Michele Schultz, que também foi uma das organizadoras do evento.
No segundo dia de evento, com o auditório lotado de estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Irmã Anette e também de alunos da EACH, tiveram a palavra a professora Bárbara Pinheiro, da Universidade Federal da Bahia e, Ana Ligia Scott, da Universidade Federal do ABC. Elas contaram suas trajetórias como professoras negra e trans, respectivamente.
A professora Bárbara falou sobre o quanto os conteúdos aprendidos seguem a lógica eurocêntrica, desprezando conhecimentos ancestrais africanos e de outras civilizações ameríndias.
Já a professora Ana Ligia mostrou, a partir de sua experiência pessoal, como a universidade e o sistema que regula a pesquisa no Brasil não são inclusivos e como vê na educação a saída para inclusão.
Logo depois ocorreu a exibição do premiado documentário “Bixa Travesty”, que mostra a vida da cantora Linn da Quebrada, grande expoente na cena musical de São Paulo, dona de uma forte e ousada presença no palco, que busca constantemente discutir e quebrar paradigmas e estereótipos. Kiko Goifman, um dos diretores, discutiu temas como desconstrução do corpo, machismo, visibilidade, entre outros. Ao final, fez-se uma discussão sobre a disciplina Resolução de Problemas.
*Com informações da professora Michele Schultz