Na Semana de Recepção aos Calouros da USP, trote não é bem-vindo

Postado em 13 de fevereiro de 2019

O início do ano letivo na USP é marcado pela Semana de Recepção aos Calouros, que ocorre do dia 18 a 22 de fevereiro. A programação organizada individualmente pelas 42 unidades de ensino distribuídas nas cidades de São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos, Piracicaba, Pirassununga, Bauru, Lorena e Santos conta com atividades acadêmicas, culturais e recreativas que buscam acolher e integrar os novos estudantes.

A USP repudia trotes violentos, opressores e humilhantes. O trote é proibido na Universidade desde 1999, quando foi determinado que toda manifestação de acolhimento aos novos alunos deveria estar integrada à Semana de Recepção aos Calouros.

Qualquer estudante que se sentir constrangido ou ameaçado pode registrar o fato a partir do Disque-Trote, pelo número 0800-012-1090 e e-mail disquetrote@usp.br. Este ano há novidade: um aplicativo, disponível na Apple Store e no Google Play.

Capturas de tela do aplicativo Disque-Trote da USP – Foto: Reprodução

“Entendemos que os novos estudantes terão mais familiaridade com essa ferramenta, os aplicativos são utilizados cotidianamente pelos jovens”, afirma Oswaldo Crivello Júnior, professor da Faculdade de Odontologia (FO) da USP, em São Paulo, e responsável pelo grupo Pró-Calouro/Disque-Trote. “Todas as denúncias são encaminhadas ao professor responsável pela Semana de Recepção aos Calouros da unidade citada para que as devidas providências sejam feitas.”.

O tema da campanha de recepção neste ano é Chega mais e foi desenvolvida por alunos do terceiro ano do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, com coordenação do professor Dorinho Bastos. Para o grupo, um dos desafios era chamar a atenção dos alunos, conversar ao mesmo tempo com veteranos e calouros e falar sobre a não violência.

A escolha da campanha foi feita por um júri formado por responsáveis pela recepção aos calouros de cada unidade. Para Rudi Solon, estudante que participou do desenvolvimento da Chega Mais, o diferencial da campanha foi construí-la de maneira descontraída, com uma linguagem que representasse tanto o calouro quanto o veterano.

*Do Jornal da USP