Professor da EACH explica à Rádio USP os motivos para a escassez de banheiros públicos em SP

Postado em 04 de abril de 2018

 

O cenário é a cidade de São Paulo. Você está na rua e fica com vontade de ir ao banheiro, algo extremamente comum. Porém, é obrigado a entrar em um estabelecimento – às vezes, até a comprar algo para poder usar o sanitário do local – ou esperar até chegar em casa/trabalho. Essa situação poderia facilmente ser resolvida, caso existissem mais banheiros públicos na capital paulista. A atual gestão da Prefeitura abriu recentemente o processo de licitação, para que, em parceria com a iniciativa privada, instalem-se 600 novos banheiros públicos na cidade. A pergunta que fica, no entanto, é: Por que, até agora, esses espaços não existiam de forma suficiente na maior metrópole da América Latina?

José Renato de Campos Araújo, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP), explica que diversos projetos sobre o assunto já apareceram, porém, acabaram não indo para frente. Para ele, o descaso de parte da população pelos espaços públicos contribuiu muito para o cenário atual. O professor acredita que, como a proposta não atraía parte da população, acabou não chamando a atenção dos políticos pelo seu baixo apelo. Outro aspecto colocado foi o alto custo de manutenção.

A urbanista Raquel Rolnik, livre-docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, ressalta que os banheiros públicos são muito importantes dentro de uma cidade. Para ela, os locais ideais para instalá-los seriam em áreas com maior concentração populacional e próximas a instalações ligadas ao transporte público, como terminais e metrôs. Confira a matéria completa no player acima.