EACH lamenta falecimento do funcionário Carlos Sérgio de Castro Silva

Postado em 08 de abril de 2020

A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP) lamenta o falecimento do funcionário Carlos Sérgio de Castro Silva (Viola), de 43 anos, que fazia parte da equipe do Ginásio Poliesportivo da Escola. 

Carlos foi vítima da COVID-19 e faleceu na madrugada da última terça-feira, dia 7 de abril. Ele ingressou na Coseas, atual SAS, em 10 de julho de 2002 para trabalhar nos restaurantes universitários do Quadrilátero da Saúde/Direito. A transferência para a EACH ocorreu em 1º de dezembro de 2014.

“Expressamos nossa gratidão pelas contribuições à EACH/USP e enviamos nossos sentimentos aos familiares e amigos”, destacou a direção da Escola, em mensagem enviada aos professores, funcionários e alunos.

Charles Augusto, funcionário responsável pelo Ginásio Poliesportivo da Escola, divulgou um texto em homenagem a Carlos Sérgio: 

 

Caros Colegas,

Estou muito triste porque convivi lado a lado com o Carlos nestes últimos anos. Quando ele foi para o ginásio, um pouco desanimado, inicialmente pensava em pedir transferência da EACH, mas depois gostou do ambiente e da convivência, declarou explicitamente muitas vezes e ‘brigou” para ficar por lá quando havia qualquer comentário de permuta de funcionários entre as Seções da EACH.

Era uma pessoa introvertida, que se divertia com o ‘nosso bullying’ sobre ele ser quieto, pacato, boêmio, sedentário, etc., mas sempre foi proativo nas atividades de atendimento ao público, manutenção, infraestrutura e organização do patrimônio do ginásio. Um filho, irmão, tio e sobrinho muito preocupado com a sua família e vizinhos. Sempre foi simples, sincero e honesto como colega de trabalho.

Foi ótimo para mim ter convivido com o Carlos e ter a certeza que ele foi bem acolhido e muito respeitado no ambiente profissional do ginásio. Tenho muita gratidão de ter este sentimento, lembrando-me das suas próprias palavras de contentamento sobre como gostava de trabalhar no ginásio, além de também me lembrar das nossas risadas sobre as discussões sobre futebol, música e de situações engraçadas perante os comportamentos ‘inusitados’ de usuários do ginásio.

No início da tarde da sexta-feira 20/03, o Carlos se despediu de mim e foi embora mais cedo para não pegar o trem cheio. Apenas nos aconselhamos a sermos moderados na boemia durante a quarentena e rimos. Assim, terminou nosso último encontro, assim foi nossa despedida – rindo da, na e sobre a vida. “Rindo se castigam os males”.

Quando temos fé e somos abençoados com as oportunidades de realizar o bem na vida, seja no ambiente familiar, profissional ou social, sempre é muito gratificante. E assim sou muito grato de ter convivido com o Carlos, de termos realizado ótimas tarefas profissionais, compartilhado conhecimentos e momentos felizes.

Sentirei falta e terei saudades do Carlos porque valeu muito a pena a nossa amizade e convivência. É natural que seja assim, com mais gratidão e alegria do que sofrimento. Sempre irei preferir isto a não ter conhecido uma pessoa boa durante nossas caminhadas na vida – saudade é um preço justo e louvável nesta situação.

Que a família e todos nós, amigos e colegas, sigamos com fé, caminhemos em paz, encontrando conforto na consciência e gratidão de termos tido a oportunidade de conhecer e conviver com o Carlos nesta vida.

Abraços fraternais,

Charles Augusto M. Fernandes.